quinta-feira, 20 de dezembro de 2012


Por que tememos o fim do mundo?


O facebook acaba sendo a revista virtual da “galera”, afinal de contas.
Ou, quem sabe, o diário de besteirol no qual todos querem escrever – e ver o que se passa na cabeça de amigos e até de desconhecidos.
O receio pelo fim dos tempos parece que tomou conta de vez, virou assunto recorrente na internet, no rádio, na conversa informal entre colegas de trabalho. Parece que estamos mesmo dispostos a acreditar em gurus, supertições e previsões astrais: qualquer coisa com um toque místico já nos enche os olhos!
Uma coisa é certa: nunca se falou tanto em fim do mundo como nesse ano de 2012! Aliás, acho que só houve maior balburdia quando da virada do milênio! Eu me lembro de ter ficado escondida debaixo de uma mesa, tremendo de medo!
Mas porque as pessoas temem o fim do mundo tanto assim?
Quando o assunto é morte, por um momento o ser humano se dá conta da literalidade da sua finitude. Ele se apercebe de que a sua vida é como um fio de cabelo: a qualquer momento pode se romper. E tal consciência o leva a pensar sobre o que tem feito e – principalmente – no que tem deixado de fazer.
As coisas passageiras e temporais se tornam vãs e insignificantes, como de fato o são. A vontade de estar próximo da família e dos amigos aumenta exponencialmente; afinal, são eles que nos transmitirão o senso de significado e importância de que precisamos para passar por um momento de dor.
Daí, então, pensamos em Deus. Aquela figura lá de longe, que deve morar em um lugar mais longe ainda e nem deve saber direito que eu existo.
E será que Deus existe? Se existe, será que se importa comigo? Será mesmo que existe um céu e que eu vou para lá?
Todos esses questionamentos afloram.
Para alguns, a resposta a isso tudo é “curtir adoidado”! Se eu vou morrer mesmo, comamos e bebamos que a vida é breve! Para outros, a consciência da efemeridade da vida leva à depressão, a uma tristeza e um vazio sem fim. O desespero de não se saber a razão de existir leva-os a uma crise de identidade.
Mas felizes aqueles que podem dizer corajosamente: para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro.
Lucro, minha gente! Lucro é coisa boa – desejável!
Que expressão fantástica o apóstolo Paulo usou em sua carta!
No final das contas, ninguém quer morrer, não é mesmo? Foi Deus quem colocou a eternidade no coração do homem (Eclesiastes 3:11), não há nada de errado em querer viver para sempre!
O ponto chave não é se vamos viver para sempre, mas como vamos viver a eternidade! Pois é certo que viveremos, mas nossas escolhas nesta terra definirão como viveremos a próxima.
Sim, isso é fé, mas é uma fé espírito-racional! Olha que bacana, inventei uma palavra!
Explicando melhor: eu creio sim, mas eu creio em um documento sólido, verificável, coerente e transformador de vidas: a Palavra Revelada de Deus. Trocando em miúdos: a Bíblia, meus caros.
Todas as resposta que precisamos ter podemos encontrar nessa Palavra Revelada, a qual foi guardada por milênios de forma fiel, para que achemos consolo, esperança e salvação.
Mas há algo curioso que percebi nos últimos dias... Muitas pessoas, embora sabendo dos rumores do fim dos tempos, não parecem se arrepender de seus maus atos ou temer o “castigo divino”. Acalentam-se com a possibilidade do Apocalipse não passar de uma fábula e, afinal, já faz tanto tempo que falam disso e nunca acontece nada... Não é assim?!
Porem, é como se soubéssemos lá no fundo que, se existe um Deus (e ele existe, meu povo!), ele não deve estar nadinha satisfeito com o comportamento humano dos últimos séculos...
Até quando irá nos suportar? Ate quando ira nos tolerar? E o fim dos tempos, então, representa a terrível - e merecida - punição sobre a humanidade decaída e rebelde, que há muito virou as costas para o seu Criador.
Mas para aqueles que estão em Cristo – no arrependimento, na dependência e na adoração que Cristo merece receber –  o fim dos tempos marca uma transição maravilhosa para nossa pátria eterna, que descerá dos céus para que possamos habitar seguros e para sempre, conforme a promessa do Senhor!
Felizes aqueles que aguardam ansiosamente a volta de Cristo, conscientes de que todos os acontecimentos catastróficos ocorrerão sob o controle soberano de Deus, e que ele é fiel para nos guardar até na hora da calamidade.
Felizes aqueles que já morreram para o sistema mundano e decadente desta época, e que antecipam o céu em suas vidas, praticando a Palavra de Deus.
O fim do mundo virá, amados, não duvidem, pois as profecias da Bíblia nunca falharam e nem falharão. Deus não nos deu a conhecer nem o dia, nem a hora, mas nos deu a certeza da salvação, para aqueles que creem no seu Filho.
É TEMPO DE BUSCAR A DEUS COM INTEGRIDADE DE CORAÇÃO!
MARANATA! (Ora, vem, Senhor Jesus!)

“O meu povo esqueceu o que significa fazer o que é correto”,
 diz o Senhor.
Livro do Profeta Amós, cap. 3, versc. 10.


Fortaleza, 20 de dezembro de 2012;
Fernanda Bezerra.

domingo, 21 de outubro de 2012


Eleições em Fortaleza: sintomas da realidade do Brasil
Por Ygor Coelho*

A cidade de Fortaleza, quinta maior do país e segunda mais desigual da América Latina, teve neste mês uma das campanhas mais apertadas do País, bem como uma das mais surpreendentes em relação às pesquisas, o que tem gerado uma onda de críticas e até pedidos de anulação do pleito nas redes sociais e entre políticos do PDT do candidato Heitor Férrer. Elmano (PT) teve 25% dos votos, Roberto Cláudio (PSB), 23%, e Heitor Férrer, 21%.
A cidade se mostrou nitidamente dividida igualmente em três zonas distinguíveis entre si também pelo aspecto socioeconômico. A Zona Leste de Fortaleza, que inclui novos bairros da classe média e alta e também bairros da classe média baixa, deu mais votos a Roberto Cláudio. A Zona Central, coração da área nobre tradicional – não a nova – e de bairros antigos e mais degradados como o Centro, foi com Heitor Férrer. A Zona Oeste, por sua vez, abrangendo ainda parte do sul do município, a área mais pobre e historicamente esquecida da cidade, foi com Elmano.
Houve uma divisão interessante, porque, embora a tendência tenha sido de os mais pobres votarem mais no PT e os mais ricos votarem mais no PSB, o fato é que a própria “metade rica” (na verdade classe média com bolsões de riqueza) divergiu: a zona “novíssima”, onde estão crescendo aos montes os grandes condomínios e lojas de departamento, ficou com o candidato do governador, jocosamente referido pelo ácido humor cearense com apelidos “carinhosos” como “Pinguim”, “Zacarias”, “Bolinha” e “Tamborete de Forró”; ao passo que o que é o centro histórico e geográfico da cidade, a incluir tanto o degradado Centro como as nobres Aldeota, Meireles, Fátima e Dionísio Torres, ficou com a “terceira via” autoproclamada por Heitor Férrer.
Pode-se ver que Fortaleza, representando num microcosmo o Brasil inteiro, anda dividida em verdadeiros setores geográfico-econômico-culturais. É como se houvesse até mesmo uma classe média “tradicional”, que mora numa parte da área urbana já consolidada e se quer ver como independente e progressista, que é como o Heitor se apresenta; e há uma outra classe média mais e mais concentrada na Zona Leste, área em constante urbanização e talvez tendente a uma estrutura mais isolacionista e de elite (ou que se pretende de elite), votando no candidato do PSB, que é muito bem visto pelo empresariado e tem uma das campanhas mais caras do Brasil.
Retirado do site: dialogospoliticos.wordpress.com
Por fim, tem-se a periferia, principalmente a da Zona Oeste, que concentra a maioria dos cidadãos e a minoria dos investimentos, e que votou mais no Elmano, referido por tantos críticos como o “Poste”. O petista concentrou mais votos justamente na Barra do Ceará e no Pirambu, não à toa as áreas mais beneficiadas pelas obras da prefeita Luizianne Lins naquela região do município.
Isso sugere que a percepção de desastre da gestão do PT em Fortaleza – que pareceria ubíqua se o mundo fosse o Facebook – afetou mais as classes médias e alta. Estas se preocupam muito mais com segurança pública, trânsito (sobretudo para seus veículos particulares), qualidade do asfalto e equipamentos urbanos, claramente pesos negativos na administração de Luizianne Lins. Por outro lado, a população pobre parece ter uma visão um tanto distinta, de um governo insuficiente, mas que deu mais atenção aos seus bairros.
Um leve esforço de compreensão, e não de julgamento, pode auxiliar a entender a dinâmica destas eleições e os meios de conquistar o eleitorado para a candidatura ou a ideologia preferencial de cada um. Os valores e os interesses prioritários mudam de acordo com a realidade conhecida pelo cidadão. A classe média só pode mesmo dar prioridade à sensação de segurança (não obstante seja de competência do Estado, e apenas em termos indiretos do município), às complicações do tráfego resultantes em boa parte da enorme expansão da frota viária (um “problema do desenvolvimento” causado pela expansão do crédito e da classe média) e à má qualidade do asfalto urbano.
Ora, essas pessoas em geral possuem emprego formal, moradia própria, educação e saúde privadas, veículo próprio, pontos de lazer acessíveis a seu padrão de renda. A preocupação com os serviços públicos pode ser-lhes cara, mas não é um ponto de afetação direta em suas vidas. Ademais, não foi na esfera de preocupações da classe média que ocorreram as maiores melhorias do município e do País na última década, inclusive porque algumas dessas conquistas se deram nas questões mais básicas da cidadania e da inserção no mercado de consumo.
Ao revés, a maioria da população, ainda presa à pobreza, tem menos educação formal e menos acesso à informação, o que inegavelmente lhes atrapalha a decisão consciente de seu voto. São também pessoas que, sobretudo há menos de duas décadas, tinham de ter preocupações muito mais frequentes com questões de sobrevivência e dignidade mínima. Estão muitíssimo mais próximas do ponto em que se conquista o mínimo vital e se adentra primeiro no mercado consumidor.
É sensato, ao menos, antes de apontar dedos e “cobrar” explicações pelo seu voto, levar em consideração a possibilidade de que a população pobre realmente sinta que melhorou muito de vida simplesmente porque ainda é pobre o bastante para ainda estar preocupada com aspectos básicos que, de fato, melhoraram rapidamente na cidade e no Brasil, nos últimos anos: emprego, mortalidade infantil, acesso à educação básica, redução da desigualdade de renda, expansão do mercado consumidor, aumento de renda sobretudo nas classes mais baixas, etc. Esses eleitores, embora pobres e pouco escolarizados, não estão sendo “burros”, mas apenas, tanto quanto a classe média, votando de acordo com seus interesses e sua realidade prévia e atual.
É uma pena que as “análises” (sim, entre aspas) de muitos eleitores nas redes sociais e espaços de comentários em jornais na internet tenham tido tão pouca disposição em procurar entender os motivos e as realidades que impulsionaram a configuração dos votos como se deu neste início de outubro. De repente, descobrimos que também a nordestina, gaiata Fortaleza está repleta de suas aprendizes de Mayara Petruso (a hoje notória estudante xenófoba de São Paulo processada quando das eleições presidenciais de 2010). A bem da verdade, não se verificou nada tão acintoso quanto a malfadada estudante disse, mas as reações diante da legítima escolha dos fortalezenses penderam para o tipo de desprezo pela escolha do povo pobre, a crença de que políticas públicas benéficas aos pobres “compram” seus votos embora qualquer pessoa da classe média ou alta jamais se imagine sendo “comprada” em virtude de medidas do Estado que lhe beneficiasse diretamente.
Em resumo, revelou-se mais uma vez a noção de que o pobre tem um voto menos válido ou, no mínimo, é intrinsecamente diferente das demais pessoas quando intervém nos processos coletivos. Infelizmente, muitos eleitores não quiseram refletir sobre o que “faltou” para conquistar mais votos para seus candidatos ou partidos, o que poderia ajudar no próprio êxito futuro deles nas eleições vindouras.
Nada como uma disputa eleitoral acirrada para demonstrar o parco espírito democrático de muitos, que, na maioria involuntária e inconscientemente, seguem à risca a genial ironia de Millôr Fernandes: “democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim”.  Seria interessante ter em mente, sempre que a crítica às escolhas eleitorais dos pobres nos vem à garganta, que o único meio legítimo de evitar isso é este: se é para os pobres não decidirem as eleições por mera força numérica, lute muito e eleja conscientemente aqueles que reduzam mais a população pobre a tal ponto que ela passe a ser minoria. Então, certificar-nos-emos de que a classe média decidirá as eleições.

*Ygor Coelho Soares é advogado (OAB/CE 26.289) e graduado em Direito pela Universidade Federal do  Ceará (UFC).

terça-feira, 2 de outubro de 2012


Perca de Identidade: quem o mundo quer nos levar a ser.

Vai parecer meio adolescente, mas acho que saí do casulo agora.
Ou será que ainda estou saindo?
(...)
Conheci o Senhor Jesus de modo pessoal aos 14 anos de idade. Na época, eu ainda fazia o 1º ano do Ensino Médio. Minha sede por conhecê-Lo mais e mais levou-me a ler a Bíblia diariamente, a orar, buscar respostas em livros, aconselhamento pastoral etc.
Cresci... cresci muito na minha fé.
Adquiri sabedoria para discernir e uma convicção arraigada dos valores cristãos.
Na faculdade, fui colocada à prova. Acredito que venci cada uma delas, com a ajuda de Deus, e amadureci muito mais, especialmente em matéria de relacionamentos: compreender, esperar, ter paciência, suportar os defeitos em amor...
Mas agora é diferente.
Parece que tudo isso não passou de um treino para o que está chegando em minha vida nesse momento. A vida real começa agora, com suas lutas e desafios ainda maiores.
Tudo o que eu creio e o que eu sou está sendo testado de diversas maneiras, todos os dias.
Falar a verdade, ser honesta, ter humildade, ser paciente – muito paciente! Chegou a hora de botar a teoria em prática!
A área em que atuo é um poço de vaidade.
A aparência conta muito mais do que o caráter, e o que se carrega no bolso vale mais do que aquilo que se carrega no coração!
Existem leis invisíveis que dizem o seguinte: é preciso que você tenha um Iphone ou similar, um tablet, um carro (de preferência acima de 40 mil reais), roupas finas, acessórios caros, bolsa de couro, caneta de ouro... Talvez com tudo isso eles olhem para você e digam “Doutora Fulana!”
Quando leio o livro de Daniel, sobre os quatro judeus que foram levados para o exílio na Babilônia, fico impressionada em como me identifico com suas lutas!
No capítulo primeiro, Daniel e seus três amigos são levados a aprender a língua, os costumes e a ciência dos caldeus. Alem disso, deveriam se alimentar por três anos daquilo que o rei babilônio desse a eles – e mais: seus nomes seriam mudados!
Uma nova terra, um novo nome, cultura, língua e valores diferentes... era muito fácil se render. Muito fácil se deixar levar.
Mas o coração daqueles quatro jovens foi fiel e temente a Deus. Eles estavam preparados para resistir – e vencer.
Não comeram das iguarias, mas ficaram mais fortes e saudáveis do que os demais jovens exilados. Aprenderam a ciência daquela época, mas usaram-na para a glória de Deus. Resistiram a adoração idólatra ao rei babilônio, e foram livrados da fornalha incandescente.
Sinto que meu chamado é na mesma direção.
Rejeitar a vaidade, a soberba e a ganância típicas do meio em que me encontro. Pensar na minha profissão como uma extensão pelo qual o amor de Jesus possa fluir na vida de outros.
Odeio a mentira, a falsidade e o suborno. Faço coro com o salmista quando diz: Ganho entendimento por meio dos teus preceitos; por isso odeio todo caminho de falsidade (Sl.119:104).
Não é fácil – e nem será nunca.
Mas estou disposta a assumir os riscos.

Faça o meu coração amar mais a sua vontade revelada, em vez de querer as riquezas desta vida! Não deixe que os meus olhos sejam atraídos pelas ilusões do pecado. Dê novas forças à minha alma para prosseguir no seu caminho por meio da sua palavra.
(...)
Falarei aos reis como a vontade revelada de Deus é importante para mim e não ficarei envergonhado.
(...)
Quando estou cercado de problemas e dificuldades uma coisa me anima e consola: a sua promessa me enche de forças e poder para enfrentar a situação.
(...)
O Senhor é a minha maior riqueza!
(Trechos do Salmo 119: versículos 36, 37, 46, 50 e 57)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012


Quando eu digo: Misericórdia!


Os chamados jargões evangélicos parecem estar na boca do povo!
Expressões como “tá amarrado!”, ou “vade retro, Satanás”, ou “em nome de Jesus” – embora este último seja uma recomendação bíblica aos crentes em Cristo quando orarem a Deus – foram criadas e reforçadas no meio evangélico de tal forma que se tornaram caricaturas de um crente.

No entanto, uma delas me causou uma certa reflexão recentemente. É quando alguém diz “Misericórdia!”. Na verdade, a expressão inteira seria “Misericórdia dele/dela, Senhor!”.

Poucos sabem, mas misericórdia significa colocar o coração na miséria do outro. É se importar tanto com a dor e o sofrimento de alguém, ao ponto de sentir como ele sente – e sofrer conjuntamente, ajudando-a a levar suas cargas (Gl.6:2).

Quando eu clamo pela misericórdia de Deus sobre algo, alguém ou uma determinada situação, estou pedindo que Deus não trate aquela pessoa ou circunstancia da forma merecida – com o rigor da lei. Estou pedindo que tenha compaixão dela, e que, em última instância, a perdoe.

Eu estou, na verdade, abrindo mão da vingança.

Inclusive, da divina.

O interessante é que, quando não clamamos pela misericórdia de Deus, invariavelmente estamos clamando pelo seu juízo sobre alguém! Pensamos “Dê a ele o que ele merece, Deus! Dê uma lição nele!” – isso quando nós mesmos não resolvemos aplicar o castigo pessoalmente, não é mesmo?
O mais engraçado de tudo é que, quando agimos assim, atraímos o juízo de Deus para as nossas próprias vidas, pois cometemos erros iguais ou piores que os outros!

A Bíblia diz: “Você não tem desculpas quando julga os outros. Quando você afirma que alguém é mau e deveria ser castigado, você está falando de si mesmo, pois faz essa mesma coisa, e está condenando a si mesmo”.
(Romanos 2:1-2. Versão da Bíblia Viva)

Mais uma vez, nosso modelo a ser seguido foi dado por Jesus. Quando estava sendo crucificado, em meio às dores agonizantes, ele olhou para os soldados que estavam se divertindo com a sua morte, e disse “Pai, perdoa-os! Eles não sabem o que fazem!”. Você já viu exemplo maior de compaixão?

Eu não.

Por isso, escolha clamar “misericórdia!” de forma consciente e sincera, diante de situações e pessoas difíceis – inclusive quanto a essa pessoa que você pensou agora mesmo!

À medida que formos entendendo que Deus nos amou primeiro, e de uma forma grandiosa, mesmo sabendo de todos os pecados que íamos cometer, entenderemos o quão mesquinhos somos de exigir a justiça divina na vida de outras pessoas. É como se alguém nos tivesse perdoado uma dívida de um milhão de reais, e viéssemos a cobrar de forma inclemente o nosso vizinho que nos deve cem mil...

Quem somos nós, afinal, para não nos amarmos e pedir a Deus que tenha misericórdia das falhas dos outros?

Fernanda Bezerra.
27 de setembro de 2012.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012


Costa Ferreira defende jornada de 30 horas
para profissionais de enfermagem

O deputado Costa Ferreira (PSC-MA) defendeu em Plenário, nessa terça-feira (18), que a Câmara inclua na pauta de votações o Projeto de Lei 2295/2000, que fixa a jornada de trabalho em seis horas diárias e trinta horas semanais aos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
“Nossa intenção enquanto legisladores é estabelecer a isonomia dessa categoria com outros profissionais de saúde, como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. A carga horária de no máximo 30 horas semanais é uma recomendação também da Organização Internacional do Trabalho para os profissionais de saúde, pois são categorias que contam com o desgaste físico e emocional”, defendeu o deputado.
A jornada de trabalho de 30 horas semanais para os profissionais da enfermagem é uma reivindicação antiga da categoria, que colabora com três níveis de atuação na área de saúde, numa ampla gama de serviços fundamentais. O deputado destacou que a jornada de 30 horas semanais deve resultar em melhoras da qualidade de vida dos trabalhadores, em particular, e do sistema de saúde como um todo. Portanto, merece nosso empenho dos parlamentares para aprová-la sem demora.
"É uma categoria que tem essa característica de sobrecarga, de múltiplas jornadas de trabalho, que as pessoas acabam fazendo isso para completar a renda, já que o salário não é tão bom. E a questão da sobrecarga vai gerando também múltiplas licenças. É muito comum na enfermagem o profissional sair de licença e ficar um tempo, muito adoecimento mental também pelo estresse do trabalho”, afirmou.
Para o deputado Costa Ferreira, o Brasil passa por momentos delicados em relação à saúde, com filas intermináveis em todo o país a espera de atendimento e reclamações sobre o atendimento inadequado. “Se a proposta em questão será beneficiadora, precisa ser aprovada por esta Casa. Para tanto, precisamos dar o passo de colocar o projeto na pauta”, finalizou.

ASCOM PSC Nacional

Encontrado em: http://www.psc.org.br/comunicacao-psc/todas-as-noticias/1865-costa-ferreira-defende-jornada-de-30-horas-para-profissionais-de-enfermagem
Acesso em: 19/09/2012


Comentando

É triste perceber a demora da Câmara dos Deputados em votar uma Lei tão importante quanto essa, pois sua tramitação já perdura por longos 12 anos!
Conforme dito na matéria acima, todas as categorias de profissionais de saúde têm leis que regulamentam o exercício de suas profissões, mas à classe dos enfermeiros resta o descaso dos parlamentares, ante a inexplicável morosidade do legislativo.
Os enfermeiros de todo o Brasil sofrem com rotinas desgastantes de plantões consecutivos, a fim de manter uma renda compatível com o básico e - o pior - muitas vezes sem reconhecimento e valorização por parte da sociedade e dos nossos representantes eleitos.

Por isso, façamos coro: LEI DAS 30 HORAS JÁ!






quinta-feira, 30 de agosto de 2012


Cadeias de ‘fast food’ podem ficar proibidas de vender lanches acompanhados de brinquedos
  
As lanchonetes de refeições rápidas (fast food) podem ficar impedidas de associar a venda de produtos do cardápio a brindes, brinquedos, objeto de apelo infantil ou bonificação dirigida ao consumidor. É que estabelece projeto (PLS 144/2012) aprovado pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) nesta terça-feira (28).
O autor, senador Eduardo Amorim (PSC-SE), afirma que o principal objetivo é proteger o público infantil, maior alvo de campanhas mercadológicas que promovem a venda casada de lanches com brindes ou brinquedos. Para o senador, esse tipo de marketing cria uma lógica de consumo prejudicial e incentiva valores distorcidos, além de hábitos alimentares prejudiciais à saúde.
Como entende o senador, a decisão de consumir alimentos deve ser tomada com base na qualidade da dieta, não podendo ser ofuscada pelo impulso ou desejo pela posse de um brinquedo ou qualquer outro objeto com apelo infantil.
Em muitos casos, a criança nem está com fome, simplesmente pede ao pai que compre o lanche para receber o brinde, diz o parlamentar na justificação da proposta, que ainda deverá ser examinada por duas comissões da Casa.
Em relatório favorável ao texto, o senador Anibal Diniz (PT-AC) destacou que as normas de consumo já tratam como publicidade abusiva propagandas que se aproveitam da deficiência de julgamento e experiência da criança. A seu ver, o projeto aperfeiçoará a legislação, para maior proteção ao público infantil.
Para o senador Sérgio Souza (PMDB-PR), a saúde pública precisa ser considerada. Ele apontou os malefícios causados pelo excesso de consumo de alimentos rápidos. Entre esses, citou a obesidade, o problema nutricional que mais avança em todo o mundo, inclusive entre as crianças.
Como lembra o senador, pesquisas revelam que uma refeição padronizada de fast-food, normalmente composta por sanduíche, batatas fritas e refrigerante, pode conter cerca de mil calorias. Destaca que o consumo regular dessas refeições contribui para o surgimento de doenças cardiovasculares.
A proposta será enviada agora para apreciação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Em seguida, irá à Comissão de Assuntos Sociais (CAS), para decisão terminativa. Se aprovada, portanto, poderá seguir para exame na Câmara dos Deputados sem passar pelo Plenário, a menos que seja aprovado requerimento com essa finalidade.
Questão antiga
A venda de alimentos com brinquedos vem sendo criticada em todo o mundo e já motivou outros projetos no Congresso Nacional para que a prática fosse proibida, mas nenhum se transformou em lei. Em Florianópolis, capital de Santa Catarina, no entanto, houve êxito: em julho passado, foi promulgada uma lei municipal que proíbe esse tipo de marketing.
São também frequentes ações do Ministério Público Federal e dos estados buscando algum tipo de solução, motivando decisões de juízes, contra ou a favor da proibição da venda casada. Porém, são ações ainda sem decisão final.
Como noticiado recentemente, o Ministério Público Federal de São Paulo enviou recomendação às redes de fast food McDonalds, Burger King e Bobs para que suspendessem a venda promocional de brinquedos nas lanchonetes. Ao mesmo tempo, provocou a Agência Nacional de Saúde (Anvisa) para que se manifeste sobre o tema.
Fonte: Agência Senado.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012


Educação Domiciliar (Homescholling).


O projeto de Lei nº 3.179/12, caso seja aprovado pelo Congresso Nacional, permitirá que pais ensinem as disciplinas escolares aos filhos dentro de casa. Essa é uma opção feita por alguns pais que possuem capacidade técnica e cultural, além de tempo para ensinar seus filhos, e não concordam com o método de ensino das escolas regulares.
Alguns especialistas, porém, discordam veementemente dessa prática. Como exemplo, temos os senhores Rudá Ricci (sociólogo) e a senhora Lucíola Licínio Santos (Professora da UFMG).
Nos vídeos acima, o programa de televisão “Brasil das Gerais”, tendo como apresentadora Roberta Zampetti, trouxe um debate entre aqueles e os senhores Ricardo Dias (Presidente da ANED- Associação Nacional de Educação Domiciliar) e Cléber Nunes (Coordenador da Anplia.org¹).

Interessante analisarmos os argumentos dos dois lados e tirarmos nossas próprias conclusões. Particularmente, ao assistir os vídeos do programa, e concluí o que se segue:
Se o objetivo do Estado é prover educação para nossos filhos, e a escola normal regular foi criada com esse objetivo, então cada família deveria ter a opção de não colocá-los numa escola ou ensiná-los dentro de casa.
O ponto nodal da questão não me parece ser a preocupação com a qualidade do aprendizado das crianças, pois sabemos que, tanto na escola, como dentro de casa, tal ensino pode ser ruim.
Vamos analisar primeiro as escolas. Nestas, o ensino pode pecar pelo desajustamento das grades curriculares e pela massificação do ensino, nivelando todos os alunos pelo mesmo referencial (o aluno padrão), sem levar em conta as peculiaridades de cada um no processo de aprendizado.
Ademais, a violência em muitas escolas é assustadora, e os prórpios professores reclamam da insegurança! Daí que os próprios pais podem ter receio de colocar seus filhos em um local onde poderão ser influenciados a usar drogas, ingerir bebidas alcoólicas, ou até mesmo praticar atos infracionais. O ponto forte, segundo os especialistas, seria a socialização das crianças, o seu contato com o deferente, gerando nelas uma personalidade sem preconceitos.
Já no ensino domiciliar, um dos óbices apontados seria a dificuldade dos pais em ensinar todos os conteúdos escolares de forma satisfatória. Questiona-se a possibilidade de um casal ensinar física tão bem quanto português para seus filhos. Mas o certo é que tal qualidade de aprendizado poderia ser checada com avaliações anuais, por exemplo, dessas crianças que estudam em casa.
 O Sr. Rudá Ricci (sociólogo) compara o direito a educar em casa com o direito [absurdo] de se suicidar! Tal comparação é uma falácia, e seus argumentos, de um modo geral, durante o programa chegam a ser teratológicos.
Aparentemente, o Sr. Rudá acredita que o convívio de uma criança ou adolescente restringe-se apenas ao ambiente escolar, esquecendo-se que o convívio com o diferente também se dá em família, com os primos, com amigos do bairro e da igreja etc. A ideia de que educar em casa possa gerar futuros cidadãos “fundamentalistas” é por demais preconceituosa! Se assim fosse, todas as gerações de pessoas que viveram antes da criação das escolas seriam perigosos xiitas!
O problema é proibir a homeschooling  e condenar os pais que vierem a praticá-los (como infelizmente aconteceu com o Sr. Cléber Nunes), mesmo que tenham condições plenas de fazê-lo, condições essas que dizem respeito ao tempo, método de ensino, bagagem teórica e, principalmente, dedicação. Ademais, o ensino domiciliar admite também a presença de tutores.
 Ensinar em casa, a meu ver, não é um retrocesso, mas uma opção que precisa ser regulamentada por lei, e não proibida. Tal não significa que a luta por melhorar as escolas deve cessar. De modo algum. Porém negar, esse direito aos pais, de educar seus filhos dentro de casa, é demonstrar que existe outra motivação para tal exclusivismo na prerrogativa de direito de ensinar.
Porque será que a máquina estatal se preocupa tanto com a ascensão desse tipo de ensino? A Professora Lucíola Licínio responde no início do programa, quando afirma que os filhos não são dos pais. A ideia é dizer que os filhos são do Estado, daí que este teria o direito pleno e exclusivo de formar o indivíduo como cidadão. Dizer a ele o que é certo e o que é errado, o que ele deve aceitar e o que ele não deve aceitar, e os pais devem ficar à margem desse processo, sendo permissivos.
Isso sim eu considero perigoso.
A Professora da UFMG disse em certo ponto: “Vocês não acreditam no Estado” baseados em suas “convicções político religiosas”. E agora é proibido ter convicções político religiosas e transmiti-las aos filhos? Ou será que as convicções emanadas do Governo são as únicas merecedoras de acato e obediência?
Para ilustrar, não posso deixar de exemplificar com a famigerada “Cartilha Gay”, que por muito pouco não foi autorizada a fazer parte da educação formal de crianças e adolescentes nas escolas públicas.
É certo que muitos pais, por razões morais e religiosas, não concordam com a igualação da homossexualidade com a heterossexualidade, e não querem que seus filhos aprendam, por exemplo, que o indivíduo bissexual tem maior “probabilidade” de ser feliz, pois pode encontrar um parceiro homem ou mulher.
Não se trata de formar pessoas fundamentalistas, trata-se de dizer o que é melhor ou não na educação de seus filhos. No exemplo, os pais devem ensinar os filhos a respeitar todo e qualquer ser humano, mas não obrigatoriamente a concordar com suas práticas.
A meu ver, a ideia do Sistema é massificar o pensamento de crianças e adolescentes, fazendo suas mentes se conformarem com os valores morais, culturais e sociais ditados pelo Estado.
Para Cléber Nunes, a sociedade foi persuadida a depender da escola. “Ela é um mal necessário”, disse ele, “mas quem educa é a família”. Acredita que deveria ser investido mais na família, e nesse ponto concordo com ele.
A família é o núcleo da sociedade, e tem sido violentada de todas as maneiras possíveis. Creio, porém, que o papel de fortalecimento das famílias não tem como ser entregue ao Estado. As igrejas cristãs, especialmente, têm o papel de formar, valorizar e fortalecer as famílias.
Esse assunto, contudo, já transborda do tema em análise nesse texto. Quem sabe ele possa ser melhor analisado em um outro post?

Fortaleza/CE, 22 de agosto de 2012.
Fernanda Bezerra.
Link das partes 2 e 3 do Programa "Brasil das Gerais":
http://www.youtube.com/watch?v=QK0Vs1lz32k&feature=relmfu

¹ Aliança Nacional para Proteção a Liberdade de Instruir e Aprender

Sob ameaças, mais duas igrejas são fechadas na Indonésia

Autoridades locais reportaram à igreja de St. Johannes: “Se vocês continuarem a usar essa tenda, vamos derrubá-la”. Essa afirmativa resume de maneira bastante sucinta o contexto das duas últimas igrejas que foram obrigadas a fechar na Indonésia. O encerramento de atividades cristãs na região, como um resultado da pressão de radicais islâmicos, está se tornando cada vez mais comum no país de maioria muçulmana
Outras duas igrejas localizadas na Indonésia, Java Ocidental, foram forçadas a fechar as portas em meio à oposição e disputas pela documentação do espaço.

Uma grande tenda usada para os cultos da Igreja Batista St. Johannes, em Bogor, foi interditada pelas autoridades locais em 7 de agosto. Desde 2006, a congregação tem utilizado o lugar como uma alternativa temporária enquanto aguarda autorização oficial para se mudar para o seu próprio prédio. O pedido foi encaminhado ao governo em 2000 e, até hoje, nenhuma resposta foi enviada.

Dace Supriadi, chefe da Agência de Ordem Pública de Bogor, disse que a congregação recebeu o aviso prévio de uma semana para encontrar outro local para as reuniões de oração e acrescentou a ameaça: “Se vocês continuarem a usar essa tenda, vamos derrubá-la”.

O líder da igreja, Gatot Wotoseputro, declarou que não entende porquê as autoridades decidiram fechar a igreja, mas suspeita que o motivo esteja ligado ao crescimento da congregação, que atingiu cerca de 500 membros.

Foi dito à igreja que a tenda utilizada não foi reconhecida como um lugar de cultos e que havia oposição local quanto à sua presença na comunidade. Wotoseputro disse, porém, que os vizinhos nunca levantaram qualquer objeção contra as reuniões de oração.
Autoridades negaram que agiram contra o grupo de cristãos sob pressão de radicais islâmicos.

Em julho, a igreja GBKP já havia sido fechada por causa de protestosA ação segue o contexto dos protestos em Bandung, Java Ocidental, que em 29 de julho, conseguiram que a Igreja Protestante Batak Karo (GBKP) fosse fechada (Leia a notícia Igreja é fechada após protestos na Indonésia). Na época, manifestantes alegaram que a congregação assinou um acordo em 2011, concordando em não usar o edifício para a realização de cultos.

Em tempo, rebeldes penduraram uma faixa na porta da igreja que dizia: "Nós, o povo do bairro RW 06, não aceitamos o uso deste edifício para atividades religiosas".

Representantes da igreja GBKP, fundada em 2007, afirmaram que o documento reivincado foi realmente assinado pela instituição em 2011; no entanto, regularmente, eles têm recebido todas as licenças necessárias, por parte das autoridades, permitindo-lhes manter as atividades.

Há anos, autoridades combatem o crescimento da igrejaSt Johannes e GBKP são as igrejas mais recentes da Java Ocidental a enfrentar perseguição religiosa. A igreja GKI Yasmin tem sofrido com situação parecida desde 2008; o prefeito de Bogor está entre os que mais perseguem os cristãos; a congregação local foi forçada a realizar suas atividades fora de seu edifício depois que ele, ilegalmente, proibiu reuniões de oração naquele espaço. Recentemente, o prefeito concordou em permitir a reabertura da igreja, desde que uma mesquita seja construída ao lado.

A Igreja Protestante Batak Filadélfia (HKBP) também sofre com a hostilidade e oposição de autoridades do governo e líderes islâmicos há muitos anos. Desde que, em janeiro de 2010, o prédio que utilizavam para a realização dos cultos foi interditado, a igreja tem feito suas reuniões ao ar livre ou em residências. A disputa judicial segue há três anos, sem muitas novidades no caso. Em maio, a congregação foi atacada duas vezes por muçulmanos que jogaram sacos de urina, esgoto, óleo, ovos podres e pedras nos cristãos. 
FonteBarnabasfund
TraduçãoAna Luíza Vastag

quinta-feira, 16 de agosto de 2012


No seu lugar, que faria Jesus?

Quando falamos em cristianismo, boa parte das pessoas pensa simplesmente em mais uma religião. Um Deus (trino), um livro sagrado, um conjunto de ritos, princípios e valores a serem seguidos (apesar das diversificações entre os segmentos cristãos); tudo isso parece compor o cenário de mais um meio encontrado pelo homem para conhecer a divindade.
Mas será que o cristianismo é assim tão “engomadinho”? Tipo fórmula pronta?
Bem, existem algumas diferenças sim, salutares, por sinal.
O cristianismo centra-se na obra, palavra e pessoa de Jesus Cristo. Ele é o próprio Deus, criador dos céus e da terra, encarnado, que veio cumprir uma missão: chamar pecadores ao arrependimento e à salvação.
Mas não é só: os cristãos chamam Jesus de Mestre, ou Messias – aquele que havia de vir, segundo as promessas antigas. Um discípulo de Jesus, portanto, tem como alvo de vida ser como o seu Mestre, andar como ele andou, falar como ele falou e viver como ele viveu, ao ponto de não ser mais ele próprio que viva, mas Cristo viva nele (Gálatas 2:20)
“Não acredito! Ser cristão é ser então um... imitador!?”
Isso mesmo!
Um imitador apaixonado por Jesus.
O cristão autêntico pergunta-se todos os dias, diante de suas escolhas: Em meu lugar, o que faria Jesus? Ele gastaria toda a noite assistindo televisão ou acessando a internet, ou ele gastaria tempo conversando com a esposa e com os filhos? Ele comeria esse hamburger oleoso e gorduroso, ou aquela salada de frutas saudável? Ele estaria preocupado em ganhar mais dinheiro, ficar rico e viver confortavelmente, ou em ajudar as pessoas com aquilo que já possui, administrando bem os seus recursos?
(...)
E aí as hipóteses são infindáveis!
A questão é que viver nessa autorreflexão tem um pressuposto e uma consequência. Esta última pode ser o ponto chave do qual depende toda a nossa eternidade!
O pressuposto é que o cristão conheça o seu Mestre!
Como vou imitar o que não conheço?! Sua história e ensinamentos estão registrados especialmente nos evangelhos bíblicos (que, aliás, toda pessoa que se diz cristã deveria ao menos tê-los lido), mas Ele também pode se revelar de inúmeras formas, contanto que o busquemos de todo o coração (Jeremias 29:13)
A consequência é fantástica e assustadora!
 Perguntar todos os dias “Em meu lugar, que faria Jesus” nos leva a um encontro frontal com a verdade sobre nós mesmos, e sobre a santidade de Deus. Percebemos como somos inclinados ao pecado e ao erro, o quanto podemos ser egoístas, orgulhosos, mentirosos e acomodados...
Temos duas opções: ou seguimos na marcha do arrependimento e da obediência, seja quais forem as consequências e implicações pessoais em nossas vidas, ou podemos nos obstinar em fazer a nossa vontade. Nesse último caso, incorreremos no erro de aparentar uma vida cristã, mas não viver a essência do cristianismo.

 "Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” 
Mateus 7:21

Temos escolha.
Sabemos as consequências.
Precisamos, então, decidir hoje.

Fernanda Bezerra.